"Cleópatra": a rainha da sedução morava em Alexandria
“Salve Cleópatra, descendente de Hórus e Rá, adorada
pela Lua e pelo Sol, filha de Ísis e rainha do Alto e Baixo Egito”.
O ano era 48 a.C, e a
cidade era Alexandria. Ptolomeu XIV depôs sua irmã e esposa, a rainha Cleópatra,
e passou a governar o seu país sozinho. Pobre e ingênuo rapaz! Ainda não
conhecia com quem estava lidando.
Ao saber da chegada de
Júlio César à Alexandria, Cleópatra tratou logo de mostrar ao líder romano uma
das suas facetas de mulher sedutora. Contando apenas com a ajuda de um só homem
para protegê-la, Cleópatra apareceu para César, embalada num belo e valioso
tapete. A imagem da jovem de 21 anos, semidespida, surgindo como uma deusa, de
forma tão inesperada e corajosa, deixou César encantado. A jovem conseguiu enfeitiçar o lutador romano e tornar-se sua amante. O resto da
história pode ser apreciado através do filme, “Cleópatra”, com uma magnífica Elizabeth Taylor representando o
papel-título.
Julio César (interpretado
por Rex Harrison) foi assassinato em 44 a.C., numa emboscada feita por homens
tidos como de sua confiança (até ele, Brutus!). O seu melhor amigo, Marco
Antonio, foi um bravo soldado que vingou a sua morte e tornou-se uma liderança
no exército romano (para mim, o melhor narrador deste evento foi Shakespeare em seu livro “Julius Caesar”. No filme, esta parte da
História é contada de forma superficial).
Nossa rainha da sedução,
sabendo que Marco Antonio (interpretado por Richard Burton) estava na
Síria e que queria falar com ela sobre uma aliança política, convidou-o para
um encontro na cidade de Tarso. Lá, em pleno rio Cidno, Cleópatra apareceu para
Antonio em um magnífico barco de ouro com velas cor de púrpura. Diz a lenda,
que, igual à deusa Afrodite, Cleópatra apareceu sentada no convés, sendo
rodeada e abanada por cupidos (no filme, ela aparece em pé, soberana!). Belas
jovens, vestidas como ninfas, foram enfileiradas na frente do barco. Uma visão
e tanto! Antonio até tentou resistir, mas não foi daquela vez que o bravo guerreiro
romano conseguiu fugir das garras sedutoras da rainha do Nilo. O homem ficou
tão enlouquecido por ela que, alguns anos depois, abandonou a esposa e o país para viver no Egito até o fim da sua vida.
No filme dirigido por Joseph
L. Mankiewicz, é possível constatar que Cleópatra era a rainha das chegadas
triunfais, carregadas de sedução. Inteligente e culta, a rainha egípcia pareceu
ser escolada na arte de fazer o outro (especialmente, poderosos romanos) se
encantar por ela. Estrategista e de uma ambição desmedida, o filme mostra que a
Cleópatra perdeu a guerra para si mesma, para o seu enorme ego e a vontade de
dominar o mundo.
Sobre Alexandria
Matéria sobre o renascimento de Alexandria http://meridiani.uol.com.br/destinos/egito/sumario.html |
Alexandria foi uma das
cidades mais importantes da Antiguidade. Fundada em 331 a.C. por Alexandre, o
Grande, e, graças às suas características marítimas privilegiadas, Alexandria
se transformou, ao longo dos anos, em um ponto de encontro mercantil de europeus,
asiáticos e africanos. A cidade ganhou notoriedade por conta do Farol de Alexandria, que foi
considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo, e pela Grande Biblioteca, que possuía, dentre
os seus mais de 500 mil valiosos exemplares, os manuscritos de Aristóteles e tratados
platônicos. Infelizmente, a biblioteca foi destruída em 391 a.C.
Alexandria atingiu o seu
auge na época de Cleópatra. Porém, no decorrer dos séculos, a cidade conheceu a
devastação e a decadência. Quando comerciantes armênios e judeus chegaram a
cidade, Alexandria viveu um período de renascimento, chegando a ser comparada
com Nice, na França. Todavia, a cidade ainda apresenta muita pobreza e vive
tentando se reconciliar com o passado de grandeza que teve.
O que precisa ser visto em
Alexandria:
Forte Qaitbey www.egito-turismo.com |
- A atual Biblioteca, considerada a maior do mundo e construída em homenagem à Grande Biblioteca destruída, acidentalmente, por Julio César;
- O Forte Qaitbey, feito com pedras que pertenceram ao antigo Farol de Alexandria;
- Prédios históricos, como o museu Greco-Romano, o palácio Al-Montazah, o Anfiteatro romano e o Royal Jewelry Museum, onde estão depositadas relíquias do passado que pertenceram à família real.
- A mesquita Abu al-Abbas al-Mursi, construída pelos mouros e considerada a maior de Alexandria;
- As catacumbas de Kom el Shaqafa;
- As inúmeras ruínas da Antiguidade, que podem ser apreciadas pelas ruas da cidade, na forma de antigos monumentos.
Com mais de 4 milhões de habitantes,
Alexandria é a 2ª maior cidade do Egito e um dos destinos mais procurados pelos
amantes da História. Desde os tempos antigos, a cidade tem vocação para receber
desde figuras notáveis até ilustres desconhecidos. Um exemplo de que nem só de Cairo vive o Egito.
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cando fui para sao paulo me diverti muito
ResponderExcluirOlá, Camila. Que bom que você gostou de São Paulo! Grande abraço.
Excluirola brasil
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